Na próxima sexta-feira, estará sendo realizada uma paralisação de professores e de outros funcionários do Estado de S. Paulo insatisfeitos com o governo autoritário de José Serra e sua equipe, que não se abrem ao diálogo e criam leis que retiram os direitos dos trabalhadores.
No último dia 12 de maio, houve uma reunião entre representantes dos professores, diretores da APEOESP e do CPP, que tentaram diálogar com o secretário da Educação, Paulo Renato, a respeito das condições de trabalho, salário e plano de carreira para os profissionais da Educação. Não houve nenhum acordo. O governo não se propõe a um projeto que abranja as necessidades de ambos. Impõe suas porpostas, como fez com o curriculo escolar, que foi imposto, bem como com o material didático (as apostilas) e uma série de outras medidas, que precarizam a vida funcional de professores e demais funcionários das escolas e outros orgãos públicos.
Atualmente, o Estado de São Paulo, que é o que mais arrecada impostos no país, encontra-se com um dos piores pagadores. Os professores paulistas ganham menos que os do Acre, Alagoas, Rio de Janeiro, entre outros estados, ficando na décima posição.
Além disso, as escolas tem péssima infra-estrutura, possuem salas superlotadas e não há incentivo para a formação continuada do professor, bem como um plano de carreira que incentive a sua formação. O cotidiano escolar do Estado, é repleto de insalubridade, desvalorização profissional, violência e outros motivos que levam o professor à doença, motivo de grande parte dos afastamentos.
É preciso que a sociedade reflita que só através da luta, haverá a possibilidade de reversão do quadro de abandono da escola pública, o grande responsável por essa falta de qualidade no ensino, que tem se refletido nos baixos indices de desempenho dos alunos nos exames oficiais (SARESP e ENEM).
Serra quer acabar com a Educação.
O.o
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