domingo, 7 de junho de 2009

Professores do Charles participam de Assembléia na ALESP:

Na última quarta-feira (03/06), cerca de cinco mil professores, do Estado de S. Paulo, se reuniram em frente a Assembléia Legislativa de S. Paulo - ALESP - numa assembléia da categoria contra os PLC's 19 e 20, que preveem mudanças que precarizam ainda mais as condições de trabalho do funcionalismo público do Estado.
Os projetos de lei complementar, enviados por José Serra para a aprovação parlamentar, tratam da demissão dos funcionários admitidos em caráter temporário, pela lei 500/1974, bem como de sua nova contratação por anos alternados. Ou seja, o profissional passaria a trabalhar ano sim, ano não. Além disso, há a criação de novas jornadas de trabalho, que tendem a tornar ainda mais difíceis as atribuições de aulas, mesmo para os professores efetivos da rede.
As paralisações dos dias 29 de maio e 03 de junho foram motivadas pela falta de diálogo do governador com o funcionalismo e pelo autoritarismo dos gestores da educação, chefiados pelo novo secretário da Educação Paulo Renato Souza.
Sendo assim, diversos profissionais do Estado, tem se mobilizado contra as ações do governo do Estado de S. Paulo. Vale frizar, que não apenas os professores, mas outras categorias, tem se mobilizado contra José Serra. Na semana passada, por exemplo, muitos psiquiatras pediram exoneração de seus cargos no Hospital do Servidor Público Estadual, por causa das precárias condições de trabalho e pela pressão administrativa que os impede de afastar profissionais, mesmo em crise. Os médicos não querem se responsabilizar por possíveis processos de negligência.
Ocorre, que as licenças médicas não são emitidas mais pela Secretaria de Saúde, mas, pela Secretaria de Gestão Pública, de maneira que os médicos são pressionados a dar o mínimo de afastamentos possível, no intuito de melhorar as estatísticas. Nã há, portanto, uma preocupação com a saúde, mas com os números que interessam ao Estado.
Os professores, tem enfrentado o mesmo descaso, sendo obrigados a aprovar alunos sem condição de aprendizagem, no objetivo de melhorar os índices da educação paulista. Trabalham em salas cada vez mais lotadas e recebem um salário de fome. Além disso, há as cartilhas elaboradas sem nenhum cuidado pedagógico e os livros de conteúdo pornográfico, enviados às escolas de ensino fundamental, o que demonstra o descompromisso com a educação pública. São esses os motivos que levam o professorado a parar as atividades como forma de protestar e chamar a atenção da sociedade para o que de fato vem ocorrendo nesse setor.
Alguns professores do Charles estiveram presentes, para garantir seu direito de lutar por melhores condições de trabalho. Todos os presentes ansiavam por condições dignas de emprego e respeito à categoria. Participar de momentos assim, demonstra o compromisso com a categoria e mostra a consciência cidadã desses profissionais.

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