quinta-feira, 11 de março de 2010

Comunidade escolar apóia a greve:

Na última quarta-feira, em reunião com pais e alunos do Charles, os professores que aderiram ao movimento grevista, fizeram reunião para esclarecer os motivos que os levaram a tal ação. No período da manhã, a professora Luana. que leciona história e é conselheira estadual da Apeoesp, esclareceu a todos de maneira sucinta, sobre toda a conjuntura educacional.
Os cerca de 300 pais que compareceram à reunião, além de esclarecidos sobre a situação vexatória pela qual passam os professores, manifestaram apoio a causa, pois entenderam que este movimento quer a melhoria da escola pública. Além da docente, uma mãe de alunos da escola expos sua insatisfação com a desaparelhagem da escola pública e com as mentiras que são veiculadas nos meios de comunicação de massas.
Uma aluna, representando seus colegas, disse que a causa dos professores é de todos aqueles que usufruem do espaço escolar, e que, portanto, deve ser apoiada por todos. Ao final da reunião, muitos pais cumprimentaram os professores grevistas por sua coragem e pela luta.
Espera-se, contudo, que o governo do estado de S. Paulo negocie um acordo com a categoria, para que o mais breve possível todos possam retornar a sua vida normal.
É preciso salientar, que muito mais que salário, os professores querem respeito, valorização e condições dignas de exercer o magistério. Na última gestão, infelizmente, tudo isso não tem sido feito.
Através de inúmeras imposições, o governo precariza o trabalho docente e sucateia a escola pública. Com salas superlotadas, escolas abandonadas em sua infra-estrutura, falta de material, cartilhas com erros grosseiros e livros com conteúdo inadequado, além da desvalorização dos profissionais que lidam diretamente com a Educação (professores, funcionários, etc).
Para se ter uma idéia, o piso salarial de um professor que inicia sua carreira no magistério, é de R$ 909,12, ou seja, menos que dois salarios minimos, cujo piso é de R$512,00. Defender salário digno, não significa ser mercenário, como o governo tenta propor nos meios de comunicação. Salário digno é o primeiro passo para que toda pessoa viva e exerça sua cidadania com segurança e equilibrio.

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