terça-feira, 16 de março de 2010

Professores decretam continuidade da greve:

Em passeata, professores seguiram pacificamente até a República.

Milhares de professores no vão livre do Masp, luta por melhores condições de trabalho.

Milhares de professores lotaram a Paulista em 12/03.

Na última sexta-feira, cerca de 40 mil professores em Assembléia da categoria, decidiram pela continuidade da greve iniciada em 05 de março. Os docentes, lutam por um plano de carreira, aumento de salários, defasados desde a década de 90 do século XX, instalações decentes para o alunado nas escolas estaduais.
Atualmente, o magistério público enfrenta inúmeras dificuldades no exercício de sua função. Além da violência cotidiana, o professor tem um piso salarial inferior a dois salários mínimos, salas superlotadas, em escolas sem condições de trabalhos. Muitas delas não possuem a infra-estrutura minima necessária, situação bem diferente daquela propagada na mídia.
Nenhum professor ganha os R$12 mil reais de bônus divulgado na imprensa, nem tem a sala dos sonhos. Desde que a última gestão assumiu o poder, a categoria vem perdendo direitos e sendo responsabilizada pelo fracasso da politica educacional implementada pelo PSDB, que está a frente do governo paulista desde 1995.
Entre a multidão que compareceu à Paulista, muitos professores do Charles se fizeram presentes, eles seguiram em passeata até a praça da República, dando mostras de que são contrários à politica do governo Serra e que querem melhorias para o professorado. A cidadania se exerce nesses momentos de reivindicação.
Para ludibriar a população, o secretário da Educação, Paulo Renato, declarou que a greve era de apenas 1% do professorado. Ora, se a categoria é formada por 215 mil professores e os dados da PM indicavam cerca de 12 mil (o que não condiz com a realidade, obviamente), esse percentual chegaria a cerca de 5%, ou seja, há um erro gritante de cálculo daqueles que criticam a matemática nas salas de aula!
É fundamental que a população apoie a greve dos professores, pois ela luta por emprego e por uma condição digna de trabalho. Atualmente, o exercicio do magistério tem sido precarizado. Os professores lutam por dignidade na sua carreira e por uma Educação capaz de levar o aluno estadual a lutar de igual pra igual no mercado de trabalho e no acesso aos estudos superiores, o que infelizmente não tem ocorrido na última década.

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